Aconteceu, na manhã desta terça-feira (4), reunião na Santa Casa de Misericórdia de Igarapava entre membros da administração da instituição, o presidente do Conselho Municipal de Saúde (CMS), Getúlio Pereira, e integrantes do Departamento de Saúde de Igarapava, o consultor Diego Molini, a chefe de Avaliação e Auditoria, Andréa Francisco de Paula e o diretor, Murilo Santos.

O encontro, marcado pelo Conselho Municipal, foi para pedir esclarecimentos sobre valores propostos para o Plano Operativo, exercício 2017. O presidente do Conselho solicitou o detalhamento dos valores apontados pela instituição.

Na época, o levantamento apresentado pela Santa Casa mostrava que o repasse do valor do Plano Operativo do Sistema Único de Saúde (SUS) deveria ser de R$ 761 mil, o que cobriria as despesas do atendimento público. Porém, este montante nunca foi repassado ao hospital, uma vez que a renovação do plano, realizada um ano depois, foi negociada e aprovada em R$ 565 mil.

Por fim, o presidente do Conselho exigiu a entrega das notas fiscais, valores pagos a médicos, procedimentos e insumos. O consultor, Gilberto Magnino, informou que a Santa Casa tem toda a documentação disponível, no entanto, cópias destes documentos são entregues ao Departamento Municipal de Saúde periodicamente, ou seja, os valores, notas e comprovantes estão anexados à prestação de contas fornecida e, inclusive, aprovada pelo município.

O contador, Mário César Bonfim, explicou algumas questões contestadas pelo diretor de saúde, Murilo Santos, relacionadas ao item depreciação.

É importante lembrar que Santa Casa adotou o sistema de transparência da administração, prestando contas de todos os valores que são repassados pelo município, pelo menos a cada três meses ou quando solicitado.

O presidente do CMS, Getúlio Pereira, disse que irá solicitar essas prestações de contas à administração pública e, depois, pedir esclarecimentos de eventuais dúvidas que surgirem em relação à aplicação dos recursos.

A movimentação financeira do caixa da instituição também foi colocada à disposição durante a reunião, mas como o Departamento e o Conselho Municipal de Saúde apuram apenas valores destinados ao atendimento público, seria desnecessário analisar os pagamentos referentes a convênio e particulares.

A direção da Santa Casa irá aguardar o posicionamento do presidente do Conselho Municipal de Saúde, acreditando que a documentação, que já está disponível na prefeitura, esclareça qualquer indeliberação por parte do órgão.